Mãos, Cruz e Sousa
Harvey Edwards
Ó Mãos ebúrneas, Mãos de claros veios,
esquisitas tulipas delicadas,
lânguidas Mãos sutis e abandonadas,
finas e brancas, no esplendor dos seios.
Mãos etéricas, diáfanas, de enleios,
de eflúvios e de graças perfumadas,
relíquias imortais de eras sagradas
de antigos templos de relíquias cheios.
Mãos onde vagam todos os segredos,
onde dos ciúmes tenebrosos, tredos,
circula o sangue apaixonado e forte.
Mãos que eu amei, no féretro medonho
frias, já murchas, na fluidez do Sonho,
nos mistérios simbólicos da Morte!
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