considerandos sobre o amor XVIII
Edmund Blair Leighton
Há em certas relações amorosas jogos de submissão e poder. Esses jogos são particularmente excitantes na sedução. Há um certo frisson em caçar-se e ser-se caçado. Dois olhares cruzam-se: um deles domina e o outro submete-se. Um deles controla a mente e o corpo e o outro abandona-se. Enquanto um faz o papel de deus, o outro deixa-se escravizar. Um é adorado e o outro idolatra. Há como uma hierarquia de poderes.
O problema é quando essa hierarquia se institui numa relação: há um que domina sempre e outro que se submete invariavelmente. Sei que há quem goste desses jogos de poder e que as praticam. No outro dia, fiquei a saber o que era boundage (eu sei que sou tótó) e não entendo qual é a piada de se ficar toda amarrada com fitas autocolantes como um chouriço atado ou então de amarrar alguém. Sei que há sado-masoquismo, que há quem goste de bater e quem goste de ser espancado, mas não entendo.
Comigo, uma relação só pode funcionar havendo igualdade: ora cedo eu, ora cedes tu. Ora decido eu, ora decides tu. Ou decidimos e cedemos os dois. Posso até jogar mas nunca serei totalmente submissa nem dominadora. Acho que não há nada de mais desexcitante que rotinas que se instalam numa relação, acomodações a certos papéis e deixar de desafiar e aceitar desafios.
Mas, na verdade, há quem preconize que entre dois adultos vale tudo desde que queiram. O problema é se o querer é mesmo assumido ou pressionado a querer...
3 comentários:
Tal como tu não entendo o sado-masoquismo, sempre me fez impressão. Mesmo na sedução não concordo que um domine e o outro se deixe levar. Na relação em si, é como escreveste, partilha, de igual para igual e cedência de parte a parte.
lol tu e as tuas expressões "amarrado como um chouriço"... lolololololololol... devias legendar filmes porno eheheheheheh *inhos
Também penso assim, wind :)
:D loopy, nunca se sabe... Pode ser que um dia desses me dedique à diat legendagem loooooool
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