o banho (continuação)
Este texto é a continuação deste post, do qual só publico aqui a última frase. É favor irem ler o texto todo clicando sobre o link:
Então, abriu a porta, o robe ligeiramente descaído, e deixou que ele inventasse o que dizer...
(...)
- Ias tomar o teu banho pele de seda? perguntou ele.
- Já sabes que sim, já me conheces o suficiente para saber os meus hábitos - respondeu ela, simplesmente.
- Posso entrar e ficar à espera que tomes o teu banho?
Ela hesitou. Sabia que se o deixasse entrar, seria muito difícil resistir-lhe e também sabia que voltar a envolver-se estaria a preparar lenha para se queimar. Ele também sabia disso, mas há alturas em que o coração prevalece à razão e entrou sem grande reistência por parte dela.
Já na entrada, deu-lhe o ramo de flores que trazia escondido atrás das costas: tulipas vermelhas que simbolizavam uma declaração de amor com rosas amarelas que pediam desculpa. Ele sabia dizer com flores o que, às vezes, as palavras não eram capazes.
Ela aceitou o pedido de desculpa. Entraram na sala. Ligou a aparelhagem e colocou no leitor de cds a Diana Krall. Ela foi tomar o seu banho, ritual inviolável, e ele esperou pacientemente o seu regresso...
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