Carta a um amigo pinga-amor
Não sei se sabes disso, mas admiro-te, pinga-amor!
Apesar de não teres tido muita sorte, continuas a acreditar genuinamente no amor. Não construiste à tua volta muralhas intransponíveis para te proteger dos outros e não arrancaste do coração, os afectos que nele cresceram. Tens o coração do tamanho do mundo porque consegue abarcar muitos afectos, onde está reservado um lugar especial para cada um deles.
Acreditas que vais encontrar a tua alma gémea, aquela que finalmente te vai preencher, aquela que vais finalmente compreender! Por isso, quando pensas ver o rosto do amor, entregas-te de braços abertos para o beijar e acarinhar.
Quem me dera ser como tu, pinga-amor, abrir as portas da casa do meu eu e deixar entrar querubins, cupidos e fadas, para a grande festa do amor e da paixão. Mas não sou. Minhas portas estão trancadas. Tenho é um grande espaço no meu coração para toda a amorizade, que é como um pano macio e colorido, que se vai tecendo com todos os fios de afectos e amizades da minha vida.
Talvez, um dia, me queiras dar a receita, pinga-amor, de como libertar o medo da rejeição, das frustrações e dos fracassos, prometo tentar fazer o bolo do amor com os ingredientes certos. Eu e tantos outros!...
1 comentários:
Comentários no weblog
É mais um bilhete postal :) mas gostei, muito.
Publicado por: luis n em junho 22, 2005 10:05 AM
Pois é, Jacky.
"de como libertar o medo da rejeição, das frustrações e dos fracassos"
Se pensarmos que as frustrações, fracassos e tudo o mais foram experiencias vividas no seu tempo e espaço, e que por isso mesmo, passaram naturalmente á nossa história, e as mantivermos presentes estando permanentemente alerta;
Se pensarmos que ficaram recordações, boas e más, e nos dedicarmos a meditar apenas nas más, deixando as boas apenas como referencia;
Se pensarmos que, será correcto, o facto de nos trancarmos no nosso intimo, e nos deixarmos levar pelos receios de novas frustrações e novos fracassos;
Então provavelmente nunca chegaremos a saber o que poderiamos de facto vir a viver, e provavelmente tambem, nunca chagaremos a saber o que poderiamos vir a ganhar ou perder.
Quer queiramos quer não, parece-me que a vida, pelo seu dinamismo natural, não é mais que um conjunto de experiencias vividas, boas e más.
Cabe-nos a nós, ter a coragem, de não nos fecharmos, e continuarmos totalmente disponiveis,para novas vivências. Isso a meu ver é que dá gosto á vida, e a torna bela e espectacular. Perguntemos pois "Como será amanhã?" E aguardemos com entusiasmo o que virá.
Publicado por: Fernando em junho 22, 2005 11:50 AM
Também quero essa receita:) beijos
Publicado por: wind em junho 22, 2005 01:10 PM
Ó Luis, a minha letra não é assim tão miúda, mesmo que eu o pareça para caber num bilhete postal! ;D
Fernando, gostei de te ler como sempre e só posso concordar contigo. Contudo, há medos que são difíceis de se controlarem mesmo racionalizando...
Venha ela, Luis! Para mim e para a wind! ;)
Publicado por: jacky em junho 24, 2005 01:29 AM
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