Considerandos sobre o amor XXVII
A solidão
A solidão não é uma presença que faz falta, a solidão é um estado de espírito.
Podemos estar rodeados de pessoas e, mesmo assim, continuarmos isolados. Podemos ter um telemóvel que está sempre contactável e a tocar por tudo e por nada e estarmos sozinhos. Podemos estar recheados de tudo e vivermos com uma imensa sensação de vazio.
Talvez seja um sentimento doloroso da era das relações-zapping. Talvez seja uma emoção que surge por nada nos prender à vida. Talvez seja um pensamento insistente que nos faz desvalorizar o que de mais precioso existe. Talvez seja o megaconsumo que nos reduza a uma pequenez do «eu».
Sentimo-nos sós porque não conseguimos estar connosco, porque escondemos feridas por curar, porque precisamos urgentemente de alguém que nos salve da solidão. Mas a solidão é um estado de espírito! Se não gostarmos de nós, ninguém conseguirá resgatar-nos...
Imagem de Quint Buchholz com texto de Jacky
9 comentários:
Concordo inteiramente contigo:)
mas olha q ñ é preciso estar apaixonado/a, ter um/a companheiro/a, p/se sentir acompanhado.... se é verdade, q o amor nos faz sentir menos nós, tb é verdade q, mm amando, há pessoas cujo "estado de espírito" é mm a solidão...
Nós por natureza somos seres insatisfeitos sempre com um vazio por preencher. Essa imagem é tranquilizante, paz de espírito. ;)
Estar só apesar de estar rodeado de pessoas pode acontecer quando todos estão noutra "onda" menos nós. Claro que o estado de espírito é importante, mas também ajuda sentir que algo nos liga aos outros.
Beijinhos
Sem comentários.
Bejinhos
Não há nada pior que a solidão " acompanhada"....
Em conclusão quando acompanhados e sentimos solidão é caso para dizer então vale mais só do que mal acompanhado. Um beijinho do Raul
E se a sensação de solidão for tão só um desconforto de nós mesmos....
Como tanta vez se pode observar nos rostos ensonados que enchem as horas intemporais dos transportes públicos.
Cada um por si bem fechado sobre a sua solidão, no meio da multidão. Reparei muitas vezes no ar reprovador de muitos que se indignavam por alguém entrar e desejar os bons dias. Ninguém (eu era Ninguém) respondia.
As grandes urbes são o paradoxo do sentimento gregário da Humanidade. Todos juntos para unidos sermos mais fortes, e quanto mais somos mais só ficamos, afogados na imensa mole de gentios sem rosto.
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