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Afastem-se deste blogue, há perigo de amorizade contagiosa na sua leitura!
Bom feriado e façam os vossos avisos no Warning signs
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Marc Chagall
Há pessoas que vão dizer: «- Nunca vou seduzir ninguém! Porque sou isto e aquilo i.e. feio, gordo, magro, orelhas descoladas, penca grande, mamas grandes ou pequenas, cu grande, pernas de canivete, sinais e cicatrizes, etc.»
É verdade que, no primeiro impacto a aparência, é o que salta à vista. Também é verdade que todos os dias somos invadidos por imagens de corpos perfeitos, sem celulite, nem pança, peles e cabelos brilhantes, rostos harmoniosos... e por aí fora. Mas, isso é na primeira abordagem. Depois vem a 2ª parte. Para mim, a mais importante! Porque um bolo pode ter bom aspecto e o recheio ser intragável. Aí é que começa a sedução...
Seduz-me, num homem, uma certa ternura na entoacção da voz, um riso franco, um olhar que se cruza com o meu, um sorriso doce, um sinal característico no rosto, uma atitude confiante, um gesto subtil, palavras que embalam, uma mão bonita...
A sedução conduz a um estado mental diferente, de indiferente passamos a cativados e é como se ficássemos sob o poder do outro. Para o fascínio perdurar, tem que haver correspondência do outro. Ausência, silêncio, não atender telefonemas ou não responder a emails (ou outras coisas) faz com que o estado de sedução esmoreça. Começamos a perder confiança em nós e no outro. Passado um tempo de vazio, o tal poder começa a desfazer-se. Surgem outras coisas e outros olhares podem prender a nossa atenção.
Seduzir é uma coisa muito esquecida... diz o eco.
O que me seduz pode não te seduzir a ti.
O que é que te seduz num homem ou numa mulher?
Hippolyte Flandrin
Qu Lei
Sedução
Parece fácil seduzir no século XXI. As pessoas estão à mão sob todos os aspectos i.e. expõem-se mais (a vergonha e o pudor é para os cotas!) tanto a nível físico como a nível pessoal.
É fácil conhecer-se gente nos bares, no café, no trabalho, na rua e ultimamente na internet. Ele é chat(o)s, ele é eu procuro-te (icq), ele é mensageiros (msn, multiply, h5), ele é amigos dos amigos dos amigos às toneladas (orkut) e sei lá que mais.
O telemóvel permite-nos estar-se ligado ao mundo 24h/24h, em qualquer lado, a qualquer hora, com quem quer que seja (que esteja fisicamente connosco e do outro lado do fio).
Estamos aqui e em todo o lado. Estamos sozinhos e com toda a gente. Estamos íntimos e sociais.
E...
Nunca as pessoas se sentiram tão sozinhas, tão desconsoladas, tão irritadiças, tão agressivas, tão desamparadas e tão depressivas, porque tanta comunicação e tanta gente nova não trouxe mais relações estáveis, nem mais amigos verdadeiros e de confiança. Os amigos vêm e vão. Os amores são efémeros. Os fios nunca chegam a dar laços e muito menos nós.
As pessoas sentem, então, necessidade de arranjar alguém à força, uma alma gémea que as tire dessa teia de momentos vazios. Mas as amizades e os amores não se forçam. Ou há empatia e a amizade nasce ou o elo se esfuma rapidamente. Ou há sintonia e desejo e o amor floresce ou o amor morre na nascente.
Não nos devemos impor a ninguém. Não devemos dizer: - Cheguei e preciso já de ti! É preciso criar os fios invisíveis que nos ligam ao outro. Se for ao amigo, devemos criar um tecido de afinidades. Se for a uma paixão nascente, devemos criar o desejo do reencontro.
Não devemos dar-nos por inteiro logo nas primeiras abordagens. Lagos obscuros não incitam ao banho, mas transparência a mais também faz perder todo o mistério. Não devemos esperar muito do outro e tentar aceitá-lo como é, assim evitaremos as decepções de altas expectativas.
Seduzir é como ter uma cana de pesca e puxar alguém para nós com um fio. Se o fio for fraco, a sedução será desfeita. Se for forte demais, iremos aprisionar o outro nas malhas da posse. O fio deve ser suficientemente leve e forte para que o outro venha ter connosco sem termos de o puxar.
Sedução é uma coisa cada vez mais esquecida, disse o eco no país duma raposa e dum principezinho...
(textículo em construção)
Podem roer-se de inveja, todos os que não estiveram presentes, pois não tenho qualquer dúvida, que este foi o encontro de blogues mais divertido de sempre (e já fui a uns 6...)!
Eu, como não posso ver nada (não é, Gotinha?) fiz o meu Street sign numa tarde de Outono. Como será que vai ficar o teu?
Para quem gostar destas brincadeiras, podes fazer mais sinais do género aqui!
Todo o tempo é de poesia
Desde a névoa da manhã
à névoa do outro dia.
Desde a quentura do ventre
à frigidez da agonia
Todo o tempo é de poesia
Entre bombas que deflagram.
Corolas que se desdobram.
Corpos que em sangue soçobram.
Vidas qu'a amar se consagram.
Sob a cúpula sombria
das mãos que pedem vingança.
Sob o arco da aliança
da celeste alegoria.
Todo o tempo é de poesia.
Desde a arrumação ao caos
à confusão da harmonia.
António Gedeão
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The wave, by Jim Warren
A impulsividade é como um cavalo selvagem que raramente anda a trote. Ou cavalga intensamente ou se apaga. Às vezes, alguns desses cavalos deixam-se domesticar, outros nunca. Na impulsividade, não há cinzentos, apenas preto ou branco...
Dizem que um amigo é aquele que nos aceita como somos verdadeiramente. É alguém consciente dos nossos defeitos e das nossas falhas e que, mesmo assim, gosta de nós.
Dizem que somos muito mais tolerantes com os amigos do que com os nossos amores. Não entendo. Não consigo conceber amor sem amizade, por isso, não deveríamos também tolerar e perdoar quem amamos?| Your French Name is: |
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Charles Graham
Ele:
28 graus à sombra
É loucura, é de mais
Estamos sozinhos no mundo
Tudo é azul, tudo é belo
Fechas um pouco os olhos, o sol está tão alto.
Acaricio as tuas pernas, as minhas mãos queimam a tua pele
Ela:
Não digas nada
Beija-me quando quiseres
Sinto-me bem
O amor está ao meu lado.
Ele:
Estamos bem.
Monaco,
28 graus à sombra
Já não dizes palavra
Apago o cigarro, ainda está mais calor
Os teus lábios têm o gosto de um fruto selvagem
E pronto,
Como uma onda loira
Já me levas contigo
Ela:
Não digas nada,
O amor está por cima de mim
Quem se lembra deste clássico a par do fabuloso Je t'aime moi non plus de Serge Gainsbourg e Jane Birkin?
Amor à primeira vista
Dois olhares se cruzam e subitamente um relâmpago vindo do céu rasga a opacidade de mais um dia cinzento. De repente, tudo se ilumina. Eram faróis apagados, isolados no meio da tempestade. Agora, dois faróis estão ligados um ao outro. Reconhecem-se. Mergulham os olhares para dentro das suas almas que se unem numa só. A atracção é simplesmente irresistível e o mundo renasceu a partir desse momento...
Contudo, nem sempre o amor à primeira vista é recíproco. Só um é agraciado ou amaldiçoado pelo fenónemo: agraciado, se o outro se deixar envolver pela luz; amaldiçoado abandonado(a) na tempestade...
Já te aconteceu alguma vez apaixonares-te ao primeiro olhar?
Alfred Gockel
viajo
no teu corpo
caminhos
nunca imaginados
delírios
de náufrago à deriva
em noite de temporal.
viajo em ti
sonhos de uma ternura
nunca sentida.
CV - Chocolate
Palavras ardentes
Sabem a chocolate
Derretido em ti...
jacky (21.11.2005)
Norte: aguça
Sul: afia
Norte: saraiva
Sul: granizo
Norte: cimbalino/café
Sul: bica